A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta segunda-feira (17) a Operação Contraface, visando desarticular uma organização criminosa dedicada ao tráfico internacional de drogas e armas de fogo. A operação teve como focos principais as cidades de Cascavel e Toledo, mas também ocorreu em Medianeira (PR), Erechim (RS) e Florianópolis (SC).
No total, foram cumpridos 9 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de busca e 22 mandados de sequestro de bens e valores, todos expedidos pela 4ª Vara Criminal Federal de Cascavel.
A investigação revelou que empresários de Cascavel e Toledo lideravam o grupo, que importava maconha e pistolas do Paraguai. Esses itens eram temporariamente armazenados em depósitos no oeste do Paraná.
A organização comprava diversos veículos, principalmente caminhões, que eram adaptados com compartimentos ocultos para o transporte das drogas e armas. Empresas fictícias eram criadas para registrar esses veículos, e os motoristas contratados simulavam a compra dos mesmos para dificultar a rastreabilidade.
Além disso, o grupo lavava o dinheiro obtido através de contas bancárias em nome de pessoas físicas e jurídicas de fachada.
As investigações, iniciadas em maio de 2023, resultaram na apreensão de aproximadamente 26 toneladas de maconha e 8 pistolas, todas pertencentes ao grupo criminoso. A organização movimentou pelo menos R$ 14 milhões em atividades ilícitas desde 2021.
Ainda segundo a Polícia Federal, em um caso emblemático relacionado à operação é a "Operação Drake", realizada no Rio de Janeiro em outubro de 2023. Na ocasião, quatro agentes da Polícia Civil e um advogado foram presos por escoltar um caminhão frigorífico carregado com 16 toneladas de maconha, vender o entorpecente e, posteriomente liberar o motorista. O caminhão envolvido na situação era pertencente ao mesmo grupo criminoso desmantelado pela Operação Contraface.