A Polícia Civil (PCPR) divulgou, na manhã desta segunda-feira (03) novos detalhes do caso de sequestro de uma adolescente de 14 anos, residente em Toledo, que foi resgatada no último sábado (01), em Ermo, Santa Catarina. O crime foi solucionado após uma complexa investigação que envolveu diversas equipes policiais e culminou na prisão do suspeito.
A adolescente estava desaparecida desde o dia 14 de maio e a família não tinha qualquer contato com ela. As investigações revelaram que o sequestrador conheceu a vítima em um jogo online famoso chamado ‘Free Fire’.
Através de conversas virtuais e venda de itens do jogo, o sequestrador foi conquistando sua confiança e, no dia do desaparecimento da jovem, ele se deslocou para Toledo no dia do crime, utilizando um veículo alugado.
Durante as investigações com apoio da PCSC e PCRS, os policiais descobriram, através dos dados do jogo, com quem a jovem teve contato e chegaram ao suspeito, de 42 anos, que já responde a outro crime de sequestro no Rio Grande do Sul, em 2017.
A vítima foi resgatada em uma ação conjunta da Polícia Civil do Paraná e Santa Catarina, com o apoio do Draco e do Tigre. O sequestrador foi preso e está detido no Presídio de Araranguá-SC.
O delegado-chefe da 20ª Subdivisão Policial de Toledo (20ª SDP), Alexandre Macorin, revelou que a adolescente foi mantida em cativeiro pelo sequestrador, com quem teve relação sexual. As ainda estão sendo apuradas pela Polícia.
A adolescente está sob a proteção do Conselho Tutelar de Toledo e será ouvida pelas autoridades competentes. Ela só poderá retornar para a família após a autorização do Poder Judiciário.
Um segundo suspeito, residente no Rio Grande Sul, teve o seu pedido de prisão solicitado pela Polícia. O homem teria participação no sequestro e colaborou com os investigadores para que a Polícia chegasse ao cativeiro da jovem.
O delegado Macorin alerta para os perigos dos jogos online, onde pessoas desconhecidas podem ter acesso à vida íntima de crianças e adolescentes. Ele recomenda que os pais acompanhem de perto as atividades online de seus filhos e dialoguem sobre os riscos existentes.
Macorin informou ainda que os familiares da jovem não tinham conhecimento de que a vítima conversava com o sequestrador.